MANAUS: MELHOR INFRAESTRUTURA VIÁRIA DO BRASIL
Elogiável e ao mesmo tempo corajosa a decisão do Secretário Municipal de Infra estrutura SEMINF, Renato Júnior e sua equipe, em aceitar no último dia 11.04.2022, o desafio proposto pelo Prefeito de Manaus, David Almeida, de tornar Manaus, a cidade com melhor infra estrutura viária do Brasil.
Ficamos imensamente felizes com a iniciativa mas também, bastante temerosos com o desafio. Quando falamos em infra estrutura viária, sob o aspecto de engenharia, não podemos nos referir apenas em nos contentar com a seleção de bêcos, ruas e avenidas, espalhar asfalto, compactá-lo e
considerarmos os trabalhos conclusos. Longe disso. E é exatamente isso que nos preocupa e nos leva a questionar o tema.
Certamente que a parceria formada entre Governo do Estado e Prefeitura com o objetivo de recuperar 10.000 ruas na cidade é um grande alento e esperança no sentido de obter resultados satisfatórios, considerando o valor acordado entre os dois poderes.
Acompanhamos diariamente nosso prefeito e governador visitando as diversas frente de obras de recapeamento na cidade e mostrando o avanço desses serviços mas, não estamos vendo a conclusão desses serviços para podermos chamarmos o que está sendo executado de infra estrutura viária.
Temos conhecimento e não é de hoje, da carência e dificuldades que a secretaria responsável exatamente pela infra estrutura da cidade enfrenta. Sem dúvidas que o upgrade que recebeu nessa administração, melhorou e muito as condições de trabalho.
As deficiências começam quando temos engenheiros mal remunerados, sem cursos, aperfeiçoamentos e reciclagem na área, sem terem a disponibilização de equipamentos e condições técnicas adequadas para mostrar suas habilidades e, principalmente, e aí é uma deficiência há muito reclamada, sem a existência de laboratórios que proporcionem condições mínimas de trabalho aos profissionais. Seja na área de asfalto, solos ou concreto.
Pois bem, a infra estrutura viária a que o prefeito se refere tem que ter a execução e o acompanhamento correto desses serviços. Não adianta apenas vestir as ruas com asfalto sem dar o acabamento adequado sempre necessários: compactação eficiente e alinhamento dos bordos, a execução das sarjetas e meio-fio, rede de drenagem desobstruídas com bocas de lobo funcionando em toda a sua capacidade de recepção com tampas e grelhas instalados e, por último a sinalização estatigráfica horizontal e vertical.
Esse conjunto de obras, Sr. Prefeito, Sr. Secretário, é que compõem a infra estrutura viária, excluindo- a calçada que também é um componente dessa estrutura mas que deixa-se de considerar como responsabilidade integral do poder público pois cada morador, de acordo com a Lei Complementar n.005 de 16.01.2014, é responsável por sua execução.
Perguntamos então: Estão prontos para trabalhar nesse caminho? Ou foi-se otimista demais quando propôs-se sair, talvez da última colocação em matéria de qualidade de revestimento asfáltico das nossas vias entre as capitais brasileiras para alçar o primeiro lugar nesse ranking?
Vamos torcer para que em janeiro de 2024 possamos comemorar o atendimento ao desafio proposto da forma como tem de ser.